sábado, 26 de julho de 2014

Meu irmão é filho único - Projeto Um filme quando valha a pena



Meu irmão é filho único
Itália, 2007
Diretora: Daniele Luchetti

O título é esdrúxulo, mas naquele grau que ainda conseguimos arriscar: será que pode quem sabe com sorte ser um filme assistível???

E que bom que arriscamos, porque o filme é ótimo, divertido, leve, instigante e interessante. Um filmão. Sempre que um filme entra nesta categoria pode ser difícil dizer sobre o quê ele versa, e este não é diferente.

Há a briga constante e interminável dos dois irmãos; há o desconforto da família inteira com o caçula, que inicialmente seria padre, mas é questionador demais para seguir esse caminho; há a questão política, um dos irmãos é comunista e este caçula se decide pelo facismo, ressuscitando um movimento de veneração ao Duce; há o que em literatura se chama “romance de formaçao”, o processo para que aquele moleque perdido se torne um adulto... perdido; há o confronto dessas visões políticas, suas semelhanças e idiosincrasias (e idiotices...); As idiotices de cada partido político, os cretinismos, as regras e as situações constrangedoramente acéfalas; há o enredo amoroso com a namorada do irmão sendo cobiçada por este mesmo caçula teimoso. Em suma, uma quantidade razoável de enredos entrelaçados, sem que isso torne confuso ou chato o filme, muito pelo contrário, ele vai cada vez ficando mais rico e cativante.

E claro, há a divertidíssima forma italiana de educação e trato ente as pessoas, tapas na cabeça, gritos e ofensas distribuídas constantemente o que dão um charme todo especial a cada cena, sempre recheada do tempero local, um dialeto nortista italiano peculiarmente incompreensível...







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