Submarino
(DIN.2010)
Diretor - Thomas
Vintemberg
Vintemberg já havia dirigido “Festa de Família” filme
porreta (e porrete) participante do movimento Dogma, aquele criado pelo Lars
Von Trier, baseado em 10 dogmas. O filme era uma soco no estômago mostrando os
bastidores de uma família que se reúne para a comemoração de data chave,
estragada ela revelação do que se passara décadas atrás entre papai e
filhinhos.
Agora assisti a este outro filme, menos perfuro-cortante mas
tão intenso quanto aquele. Talvez mais cinema e menos discurso, mais estético
sem deixar de ser incômodo (e muito!!).
Dois irmãos cuidam de seu irmãozinho bebê caçula, enquanto a
mãe bebaça apronta e dá baixaria grossa. O bebê é a única possibilidade de amor
e luz num território de tristeza, abandono e desagregação. O bebê morre. O que
acontecerá na vida dos dois irmãos.
E é nesse ir em busca da resposta de “o que ocorreu depois?”
que o filme traça a devastação da falta de propósito numa vida sem rumo e sem
para quê. Dois irmão que se separam e se reúnem, e que só no final do filme, na
última cena, temos a resposta não do que ocorreu, mas do que pode então, a
partir desse rastro de ausência de afetos e vida, desastres e perdas, servir
como norte.
Como aviso aos navegantes, cuidado para não confundir com
filme homônimo, também de 2010, mas dirigido por Richard Ayoade, e que é uma
bobagem desnecessária.
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