Do outro Lado
(TUR/AL.2010)
Um velho escroto vai a
um puteiro, descobre que a moça é turca e lhe propoe morar e transar
exclusivamente com ele, que lhe pagaria os 3 mil euros que levantava no serviço
sexual. “Como?” pergunta ela, ao que ele responde que tem sua aposentadoria,
uns terrenos na Turquia, e o filho que é professor em uma universidade alemã
“complementaria” o que fosse necessário.
Ela topa, o velho que
é um escroto de marca maior, acaba por matar Yeter, sua acompanhante oficial, e
vai em cana. Seu filho desgostoso parte para a Turquia, tentando achar a filha
de Yeter a quem deseja auxiliar, pagando-lhe os estudos. Acaba por comprar uma
livraria especializada em obras em alemão no centro de Istambul.
Ele nunca encontrará a
filha, revolucionária radical que acaba fugindo para a Alemanha quando ele está
na Turquia, envolvendo-se com uma alemã e ....
O filme é todo
especular, situações que se espelham, nunca da mesma forma, mas sempre
iluminando “o outro lado”, a outra face da moeda, que é a mesma moeda, mas é
também outra moeda, são situações que se aproximam, mas nunca são iguais, o que
é um modo muito delicado de dizer das diferenças culturais, sem marcar valores,
mas sem omitir diferenças, e é pela diferença que poderá ocorrer o
reconhecimento da identidade, não a que se imaginava ter, mas aquela única,
forjada na intensidade da vida vivida na relação última, mas esta parte eu não
posso contar, veja!
Eu adoraria poder
recomendar os outros filmes do diretor Fatih Akin, mas infelizmente ele é bem
irregular, seu Contra a Parede é
apenas médio, e o filme posterior a Do
outro lado, é o ruim Soul Kitchen,
então não se anime muito na filmografia, infelizmente...
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